Despedida, fim e inicio

Sete de Janeiro de Dois Mil e Treze.

DIA 1 

Como todas as promessas de final de ano, inicio de mês ou semana, vou começar minha saga numa segunda feira, que no caso – vejam só vocês – é hoje.

Odeio despedidas.

Como todo bom gordinho, não pude deixar de me despedir dos orgasmos gustativos. Ontem, fui ao meu restaurante favorito e matei o meu banquete de rei: Um belo Steak de 300g, uma batata recheada, com muito requeijão e bacon, uma caesar salad que de salad só tem a alface mesmo, tudo isso acompanhado de 15, eu disse quinze, canecas de cranberry. Mas o cranberry foi só mesmo p/ evitar infecções urinárias, não é por eu gostar, imagine. Encerrei a janta com uma bela taça de sorvete para me proteger do calor(apenas p/ isso), e ao pedir a conta, com uma lagrima nos olhos, me despedi do meu garçom e o avisei que iria demorar algum tempo para aquela casa tornar a voltar.

Em todo caso, nem tudo está perdido.  Tenho compromissos familiares ainda esta semana que me obrigam a exagerar novamente, serão estas as despedidas dos Rodízios Japoneses e Pizza. 

Pode até parecer que estou me enrolando e enrolando quem lê isso daqui. Mas estou em uma semana meio que de comemorações e não posso deixar de falta-las.

Dizem os especialistas que mudanças bruscas e repentinas podem causar grandes sequelas futuras. Como sou uma pessoa que me preocupo demais com sequelas futuras, resolvi ir me desvencilhando dos meus vícios em doses ponderadas e pontuais, compreendem?

BAZINGA!

Não desistam da leitura deste blog, não pensem que só estou aqui fazendo vocês perderem tempo e que não levo nada a sério e muito menos que não vou mudar meus hábitos.

Para provar o inverso do pensamento de vocês, digo-vos: Algumas das mudanças já aconteceram hoje mesmo! Analisem comigo...

Xô preguiça

Como comecei hoje em meu novo estágio, as mudanças já se iniciaram logo de manhã.

Acordei com muito pesar as 7h! Ok, ok, ok... Eu tentei acordar essa hora. Enrolei na cama até as 7:15. Mas tá valendo poxa, em qualquer lugar se tem 15min de tolerância, né não?!

Com o tempo, irei me acostumar a ser pontual em meu despertar, como disse acima... Doses ponderadas e pontuais!

Para ir ao trabalho, preciso tomar duas conduções: um ônibus (10min sentado) e um metrô (25min em pé, espremido, suando, morrendo). Creio que algumas calorias ficam pelas ruas e trilhos, NÉ? Para quem nem quase saía de casa e quando saía era p/ perto, é uma grande mudança em.

Conseguiu engolir o café da manhã?

Aaah o fatídico e “aziático” café da manhã... Sempre tão complicado e indigesto. Nada me descia... Opa, eu disse descIA? Sim, disse isso mesmo. Após ficar olhando uns 10min para a comida, tentado levar o garfo até a boca por umas 3x; com esforço transcendental,  coloquei para dentro uma fruta e a engoli quase sem mastigar. Comi a metade de uma manga, acreditem se quiser!  E o pior - ou melhor - de tudo é que nada senti o dia inteiro. Nada de azia, refluxos, má digestão ou algo do tipo. Foi lindo!

E aí, almoçou o que?

 

Como não teria tempo algum de parar para almoçar, tive que recorrer a um sanduiche e creio que isto se tornará um hábito em minha vida.

A rotina me sorriu logo pela manhã a me lembrar: FAÇA SEU SANDUICHE! E seja bem-vindo a vida de estagiário com seus 15 minutos para almoço, que não serão suficientes nem ao menos para comer um pão na chapa em uma padoca.

Vale um comentário... Eu já abandonei tem tempo a ideia de que um sanduiche nos “subways”  da vida podem ser saudáveis e pouco calóricos. Seu molhos, frangos, carnes, deixam aquela salada de cima mais calórica que um Bigmac.

O sanduba: Pão integral 7 grão, ricota, peito de peru, tomate, alface, um pouco de azeite, sal e pimenta do reino.

Fico bem gostoso até. Mas nem tudo são flores, meu problema com estes tipos de sanduíche natural é o quão seco eles ficam e a necessidade mastiga-lo um milhão de vezes até ele estar molhado o suficiente para descer. Confesso que a comida travou umas 4x na minha traqueia. E vou dizer uma coisa, a sensação de morte aparente é assustadora.  Imaginei-me jogado ao chão de carpete do setor, em frente a minha, estrebuchando, vermelho como pimenta, e os paramédicos tirando aquele troço da minha garganta... Enfim.

Nenhum motoboy na janta, que felicidade!

A janta! Aquele momento intempestivo de indecisão em qual sabor de pizza pedir... Pois é. Hoje não existiu... Foi bem legal não gastar dinheiro, ou não ficar ansioso esperando o interfone tocar, e até mesmo não fazer alguma fritura em casa, tendo que tirar as roupas do varal para não ficar com cheiro.

Na geladeira, tinha um chester desfiado do almoço de domingo, dei uma refogadinha com pouquíssimo óleo, coloquei alho poró e para acompanhar arroz e alface. Lindo, prático, gostoso e light.

Terminei o dia me sentido orgulhoso pela belíssima alimentação.

Tá bebendo de que?

Esta é a parte que mais orgulho de mim mesmo, senti. E prova para vocês caros amigos, o quanto este blog é sério e tem uma meta a se alcançar.

O que eu bebi? Em? Em? Em? ÁGUA E SUCO.

Água no almoço, para ajudar a empurrar e dar a liga naquele cimento de pão e suco de laranja no jantar.

E o mais incrível de tudo. Tomei TRÊS, eu disse T.R.Ê.S litros de água. Seis garrafinhas de 500ml. Pooooooois é. Nem eu mesmo estou acreditando. Tudo bem que um bebedouro p/ encher a garrafa perto da mesa colabora, mas nunca imaginei que eu teria estomago, ou garganta para encarar isso tudo de água em um dia. Eu costumava tomar um copo de água POR DIA e olhe lá. ALEGRIA! 

E o gasoso?

Meus mais novos melhores amigos de infância, o refrigerante me faz uma falta absuuuuuuuuuurda. A sensação do gás na boca, o gosto doce, e o melhor de tudo, aquele arrotinho final para mais espaço dar a comida, como eu queria... Mas resisti bravamente e continuarei resistindo até o dia 31 de Dezembro, quando ao invés de um espumante, estourarei uma garrafa de 3L de coca-cola em cima da minha pessoa.